A perspectiva do clima para a próxima safra foi um dos temas centrais do evento Mudança Climática e Sustentabilidade no Agronegócio, promovido pela Climatempo com patrocínio da Jacto.
O evento reuniu na manhã de 17 de agosto profissionais e especialistas atuantes no mercado que apresentaram os problemas que as mudanças climáticas acarretam na agricultura e pecuária, a situação atual dos fenômenos climáticos, como o La Niña, a pegada do carbono zero e como produzir de forma mais eficiente e sustentável.
Ecossistemas Digitais e Sustentabilidade – O gerente de desenvolvimento de negócios da Jacto, Guilherme Panes, falou sobre como as inovações em máquinas e ecossistemas digitais estão contribuindo para a sustentabilidade. Para ele é fundamental que o agricultor compreenda que usar as tecnologias é o que vai garantir a rentabilidade e a sustentabilidade.
“A adoção precisa passar por produtividade para gerar sustentabilidade. Tem que caminhar junto. E o movimento que temos feito e defendido é tornar as tecnologias parte do produto, para o agricultor experimentar, ver o ganho real de usá-las no campo. E nesse movimento, a intenção é colocar mais tecnologia, com custo acessível, tendo a camada digital como suporte dessas operações”, disse Panes.
O gestor comentou que desde 2009, a telemetria nas máquinas agrícolas é um item que vem de série, incorporado na rotina do agricultor, e exemplificou os três pilares da empresa na fabricação de seus produtos.
“Temos em nosso DNA para concepção dos produtos que a inovação precisa gerar valor protegendo o meio ambiente. São três pilares que nos direcionam: a redução de custos operacionais, a redução de impactos ambientais e o uso racionar de insumos recursos”, explica Panes.
Para exemplificar, Panes comentou sobre a inovação da tecnologia de pulverização bico a bico, lançada de forma pioneira pela Jacto, que diminui a sobreposição e o desperdícios de insumos.
Outra tecnologia comentada foi a EletroVortex, que une duas técnicas para a redução de deriva e o controle automático de 12 seções, que segmenta a faixa de aplicação com uma redução do consumo de fertilizantes que pode chegar a 15%.
“É importante dizer que são essas ferramentas, usadas em sua potencialidade, que serão responsáveis pelos resultados no campo. Para isso, é preciso também lembrar da importância de ter pessoas preparadas para usar essa tecnologia” comentou o especialista que salientou a importância de um ecossistema que faça a integração de todos esses sistemas.
“Precisamos de visibilidade para todas essas operações, um sistema capaz de integrar todas as ‘coisas conectadas’ no campo num ecossistema maior e que seja prático para a tomada de decisões”, explicou o gestor.
Ele ainda exemplificou essa questão ao citar o recente lançamento da empresa, a área de serviços Jacto Next, que permite fazer a digitalização completa da fazenda, com soluções para cobertura de sinal de internet, instrumentação, conexão de máquinas multimarcas, sensores, estações meteorológicas, drones, imagens de satélites e softwares para monitoramento e gestão das operações.